A GSK vai apresentar novos dados relativamente à terapêutica para o mieloma múltiplo anti-BCMA (antígeno de maturação de células B) belantamab mafodotina na próxima Reunião Anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH), que terá lugar de 5 a 8 de dezembro, em formato virtual. Os 13 abstracts incluem dados do extenso programa de ensaios clínicos DREAMM (DRiving Excellence in Approaches to Multiple Mieloma) da GSK, que está a avaliar o belantamab mafodotina em diferentes linhas de terapêutica e em combinação com terapêutica padrão actual e novas terapêuticas.
“O belantamab mafodotina representa um avanço significativo para doentes com mieloma múltiplo recidivante ou refratário que anteriormente tinham opções de tratamento muito limitadas. Acreditamos que, através da nossa pesquisa em curso sobre belantamab mafodotina em combinação com outros agentes, de acordo com tratamentos anteriores, temos potencial para continuar a responder às necessidades não atendidas de doentes com mieloma múltiplo e redefinir a forma como esse cancro é tratado”, destaca o Dr Axel Hoos, Senior Vice President e Head of Oncology R&D da GSK.
Os estudos-chave apresentados na ASH demonstram o potencial de belantamab mafodotina em combinação com as terapêuticas padrão em linhas de tratamento anteriores e incluiram:
Belantamab mafodotina foi aprovado no início deste ano, nos EUA e na UE, para o tratamento de doentes com mieloma múltiplo recividante ou refratário que receberam, pelo menos, quatro terapêuticas anteriores, incluindo um anticorpo monoclonal anti-CD38, um inibidor do proteossoma e um agente imunomodulador. Dados adicionais, incluindo novas análises do estudo DREAMM-2, vão promover a compreensão da segurança e da tolerabilidade do belantamab mafodotina, incluindo o controlo de alterações epiteliais queratóticas ou. O estudo DREAMM-2 serviu de base às aprovações dos EUA e da UE. A lista de apresentações patrocinadas pela GSK no Encontro da ASH inclui:
Análises DREAMM
“O belantamab mafodotina representa um avanço significativo para doentes com mieloma múltiplo recidivante ou refratário que anteriormente tinham opções de tratamento muito limitadas. Acreditamos que, através da nossa pesquisa em curso sobre belantamab mafodotina em combinação com outros agentes, de acordo com tratamentos anteriores, temos potencial para continuar a responder às necessidades não atendidas de doentes com mieloma múltiplo e redefinir a forma como esse cancro é tratado”, destaca o Dr Axel Hoos, Senior Vice President e Head of Oncology R&D da GSK.
Os estudos-chave apresentados na ASH demonstram o potencial de belantamab mafodotina em combinação com as terapêuticas padrão em linhas de tratamento anteriores e incluiram:
- A análise DREAMM-6 (poster #1419) reporta os resultados da combinação de belantamab mafodotina com bortezomib e dexametasona em doentes cuja doença se tornou recidivante ou refratária após uma ou mais linhas de tratamento anteriores.
- ALGONQUIN (apresentação oral #725), um estudo colaborativo apoiado e liderado pelo Canadian Myeloma Research Group, está a avaliar a combinação de belantamab mafodotina com pomalidomida e dexametasona em doentes recidivantes ou refratários que foram previamente tratados com duas ou mais linhas de tratamento anteriores que incluam lenadomida e um inibidor do proteossoma.
Belantamab mafodotina foi aprovado no início deste ano, nos EUA e na UE, para o tratamento de doentes com mieloma múltiplo recividante ou refratário que receberam, pelo menos, quatro terapêuticas anteriores, incluindo um anticorpo monoclonal anti-CD38, um inibidor do proteossoma e um agente imunomodulador. Dados adicionais, incluindo novas análises do estudo DREAMM-2, vão promover a compreensão da segurança e da tolerabilidade do belantamab mafodotina, incluindo o controlo de alterações epiteliais queratóticas ou. O estudo DREAMM-2 serviu de base às aprovações dos EUA e da UE. A lista de apresentações patrocinadas pela GSK no Encontro da ASH inclui:
Análises DREAMM
Dados de Mieloma Múltiplo no Mundo Real
Sobre o mieloma múltiplo
O mieloma mútiplo é o segundo cancro hematológico mais comum nos EUA e, geralmente, é considerado tratável, apesar de não curável.(i) Nos EUA, estima-se que mais de 32,000 pessoas sejam diagnosticadas com mieloma múltiplo por ano e, aproximadamente, 13,000 pessoas irão morrer desta doença.(ii) A pesquisa de novas terapêuticas é necessária, uma vez que o mieloma múltiplo torna-se, de uma forma mais comum, refratário aos tratamentos disponíveis.(iii)
Sobre o antigénio de maturação da célula-B (BCMA)
A função normal do BCMA é promover a sobrevivência das células plasmáticas através da transdução de sinais de dois ligandos conhecidos, BAFF (fator de ativação de células B) e ABRIL (um ligando indutor de proliferação). Este caminho tem sido demonstrado como importante para o crescimento e sobrevivência das células mieloma. A expressão BCMA é limitada às células B em fases posteriores de desenvolvimento. O BCMA é expresso em diferentes níveis em doentes com mieloma e a expressão da membrana BCMA é detetada universalmente nas linhas celulares do mieloma.(i)
Sobre o BELANTAMAB MAFODOTINA
BELANTAMAB MAFODOTINA é um anticorpo monoclonal antigénio de maturação de células anti-B humanizado (BCMA) conjugado ao agente citotóxico auristatina F via ligando não clivável. A tecnologia de ligação de fármacos é licenciada pela Seagen; O anticorpo monoclonal é produzido com recurso à tecnologia POTELLIGENT licenciada pela BioWa.
AVISOS E PRECAUÇÕES
Toxicidade ocular: As reações adversas oculares ocorreram em 77% dos 218 doentes da população de segurança conjunta. As reações adversas oculares incluíram a queratopatia (76%), alterações na acuidade visual (55%), visão turva (27%) e olho seco (19%). Entre os doentes com queratopatia (n = 165), 49% apresentavam sintomas oculares, 65% apresentavam alterações de acuidade visual clinicamente relevantes (declínio de 2 ou mais linhas na Acuidade Visual de Snellen em qualquer olho), e 34% tinham sintomas oculares e alterações de acuidade visual.
Queratopatia: A queratopatia foi reportada como Grau 1 em 7% dos doentes, Grau 2 em 22%, Grau 3 em 45%, e Grau 4 em 0,5% pela escala de KVA. Foram reportados casos de úlcera córneal (queratite ulcerosa e infecciosa). A maioria dos eventos de queratopatia desenvolvidos nos primeiros 2 ciclos de tratamento (incidência cumulativa de 65% no Ciclo 2). Dos doentes com queratopatia de Grau 2 a 4 (n = 149), 39% recuperaram para o Grau 1 ou inferior após o seguimento médio de 6,2 meses. Dos 61% que tinham uma queratopatia contínua, 28% ainda estavam em tratamento, 9% estavam em acompanhamento, e em 24% o seguimento terminou devido à morte, à retirada do estudo ou à perda para acompanhamento. Para os doentes em que os acontecimentos foram resolvidos, o tempo médio de resolução foi de 2 meses (intervalo: 11 dias a 8,3 meses).
Alterações da Acuidade Visual: Uma diminuição clinicamente significativa da acuidade visual menor do que 20/40 no olho com melhor visão foi observada em 19% dos 218 doentes e de 20/200 ou pior no olho com melhor visão em 1,4%. Dos doentes com diminuição da acuidade visual menor do que 20/40, 88% resolveram e o tempo médio de resolução foi de 22 dias (intervalo: 7 dias a 4,2 meses). Dos doentes com diminuição da acuidade visual de 20/200 ou pior, todos resolvidos e a duração média foi de 22 dias (intervalo: 15 a 22 dias).
Monitorização e Instrução do Paciente: Realizar exames oftalmológicos (acuidade visual e biomicroscópio ocular) de baseline, antes de cada dose, e prontamente em caso de agravamento dos sintomas. Efetuar exames baseline no prazo de 3 semanas antes da primeira dose. Efetuar cada exame de seguimento pelo menos 1 semana após a dose anterior e no prazo de 2 semanas anteriores à dose seguinte. Suspender o BELANTAMAB MAFODOTINA até melhoria e retomar a mesma dose ou uma dose reduzida, ou considerar a descontinuação permanente dependendo da gravidade. Aconselhar os doentes a utilizarem gotas oftálmicas lubrificantes sem conservantes pelo menos 4 vezes por dia, começando com a primeira infusão e continuando até ao final do tratamento. Evitar a utilização de lentes de contacto, a menos que seja indicado por um oftalmologista. As mudanças na acuidade visual podem estar associadas à dificuldade de condução e leitura. Aconselhar os doentes a ter cuidado ao conduzir ou operar máquinas. Mais informações estão disponíveis em www.BLENREPREMS.com e 1-855-209-9188.
Trombocitopenia: Trombocitopenia ocorreu em 69% dos 218 doentes da população de segurança conjunta, incluindo Grau 2 em 13%, Grau 3 em 10%, e Grau 4 em 17%. O tempo médio para o início do primeiro evento de trombocitopenia foi de 26,5 dias. A trombocitopenia resultou em reduções de dose, interrupções de dose ou descontinuação da mesma em 9%, 2,8% e 0,5% dos doentes, respetivamente. Eventos de hemorragia de Grau 3 a 4 ocorreram em 6% dos doentes, incluindo um evento de Grau 4 em 1 paciente. Reações adversas fatais incluíram hemorragia cerebral em 2 doentes. Executar as contagens completas de células sanguineas na baseline e durante o tratamento, conforme indicado clinicamente. Considerar interromper e/ou reduzir a dose com base na gravidade.
Reações relacionadas com infusão: As reações relacionadas com infusão ocorreram em 18% dos 218 doentes da população de segurança conjunta, incluindo Grau 3 em 1.8%. Monitorizar os doentes para reações relacionadas com infusão. Para reações de Grau 2 ou 3, interromper a infusão e fornecer um tratamento de apoio. Assim que existir uma recuperação dos sintomas, retomar a uma taxa de infusão inferior. Administrar premedicação para todas as infusões subsequentes. Descontinuar o BELANTAMAB MAFODOTINA em caso de reações relacionadas com infusão que possam apresentar um risco de vida e providenciar cuidados de emergência adequados.
Toxicidade Fetal: Com base no seu mecanismo de ação, o BELANTAMAB MAFODOTINA pode causar danos fetais quando administrado a uma mulher grávida porque contém um composto genotoxíco (the microtubule inhibitor, monomethyl auristatin F [MMAF]) que tem como alvo células que se encontram activamente em divisão. Aconselhar mulheres grávidas acerca do risco potencial para o feto. Aconselhar mulheres com potencial reprodutivo para utilizar contraceção eficaz durante o tratamento com BELANTAMAB MAFODOTINA e durante 4 meses após a útlima dose. Aconselhar homens, com parceiras de potencial reprodutivo a utilizar contraceção eficaz durante o tratamento com BELANTAMAB MAFODOTINA e durante 6 meses após a última dose.
REAÇÕES ADVERSAS
A população de segurança conjunta descrita nas Advertências e Precauções reflete a exposição ao BELANTAMAB MAFODOTINA numa dose de 2,5 mg/kg ou 3,4mg/kg (1,4 vezes a dose recomendada) administrada intravenosamente a cada 3 semanas em 218 doentes no ensaio DREAMM-2. Destes doentes, 194 receberam uma formulação líquida (não a forma de dosagem aprovada) em vez do pó liofilizado. Dos 218 doentes, 24% foram expostos durante 6 ou mais meses. A segurança do BELANTAMAB MAFODOTINA como agente único foi avaliada no DREAMM-2. Os doentes receberam BELANTAMAB MAFODOTINA na dose recomendada de 2,5mg/kg administrado intravenosamente a cada 3 semanas (n = 95). Entre estes doentes, 22% sofreram exposição durante 6 meses ou mais. Dos doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA, 40% registou reações adversas graves. As reações adversas graves em >3% dos doentes incluíam pneumonia (7%), piréxia (6%), deficiência renal (4,3%), septicémia (4,2%), hipercalcemia (4,2%) e reações relacionadas com infusão (3,2%). Ainda assim, em 3,2% dos doentes foram registadas reações adversas fatais, incluindo septicémia (1%), paragem cardíaca (1%) e infeção pulmonar (1%). A descontinuação permanente devido a uma reação adversa ocorreu em 8% dos doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA;queratopatia (2,1%) foi a reação adversa mais frequente que resultou numa descontinuação permanente. Dos doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA, 54% registou interrupções de dosagem devido a uma reação aversa. As reações adversas que exigiram uma interrupção da dosagem em >3% dos doentes incluíam a queratopatia (47%), a visão turva (5%), secura da mucosa ocular (3,2%) e pneumonia (3,2%). Em 29% dos doentes, foram ainda registadas reduções de dose devido a uma reação adversa. As reações adversas que exigiram uma redução de dose em >3% dos doentes incluíam a queratopatia (23%) e trombocitopenia (5%). As reações adversas mais comuns (≥20%) foram queratopatia (71%), diminuição da acuidade visual (53%), náusea (24%), visão turva (22%), piréxia (22%), reações relacionadas com infusão (21%) e cansaço ou fadiga (20%). As anomalias laboratoriais mais comuns de Grau 3 e 4 (≥5%) foram a diminuição de linfócitos (22%), plaquetas (21%), hemoglobina (18%), neutrófilos (9%) e o aumento de creatinina (5%), e da gamma-glutamil transferase (5%).
UTILIZAÇÃO EM POPULAÇÕES ESPECÍFICAS
Lactação: Não existem dados sobre a presença de belantamab mafodotina-blmf no leite humano ou efeitos na produção de leite materno ou em crianças lactentes. Tendo em conta o potencial para a existência de reações adversas em crianças lactentes, aconselha-se as mulheres a não amamentar durante tratamentos com BELANTAMAB MAFODOTINA e durante 3 meses após a última dosagem.
Mulheres e Homens com Potencial Reprodutivo: BELANTAMAB MAFODOTINA pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Não existem dados disponíveis sobre a utilização do BELANTAMAB MAFODOTINA em mulheres grávidas para avaliar o risco associado ao medicamento. Não foram realizados estudos de reprodução animal com BELANTAMAB MAFODOTINA.
Testes de gravidez: Os testes de gravidez são recomendados a mulheres com potencial reprodutivo antes de iniciar BELANTAMAB MAFODOTINA.
Infertilidade: Tendo como base resultados de estudos com animais, o BELANTAMAB MAFODOTINA pode prejudicar a fertilidade em mulheres e homens. Os efeitos não foram reversíveis em roedores machos mas foram reversíveis em roedores fêmeas.
Utilização Geriática: Dos 218 doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA no DREAMM-2, 43% tinham entre 65 e menos do que 75 anos e 17% tinham 75 ou mais anos. A queratopatia ocorreu em 80% dos doentes com menos de 65 anos e em 73% dos doentes com 65 anos ou mais. Entre os doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA na dose de 2,5 mg/ em DREAMM-2 (n=95), a queratopatia ocorreu em 67% dos doentes com menos de 65 anos e 73% dos doentes com 65 ou mais.
Imparidade Renal: Não é recomendado qualquer ajuste em doses para doentes com insuficiência renal ligeira ou moderada (taxa de filtragem glomerular estimada [eGFR] 30 a 89 mL/min/1,73m2, estimada pela modificação da dieta na doença renal [MDRD]). A dose recomendada não foi estabelecida em doentes com insuficiência renal grave (eGFR 15 a 29 mL/min/1,73 m2) ou em insuficiência renal em fase final (ESRD) com eGFR <15 mL/min/1.73 m2 que não estejm em diálise ou que exijam diálise.
Insuficiência Hepática: Não é recomendado qualquer ajuste em dose para doentes com insuficiência hepática ligeira (total de bilirrubina ≤limite superior do normal [ULN] e aspartato aminotransferase (AST) >ULN ou total de bilirrubina 1 to ≤1.5 × ULN e qualquer AST). A dose recomendada de BELANTAMAB MAFODOTINA não foi estabelecida em doentes com insuficiência hepatica moderada ou grave (total de bilirrubina>1.5 × ULN e qualquer AST).
INDICAÇÃO
O BELANTAMAB MAFODOTINA é indicado para o tratamento de adultos com mieloma múltiplo recividante ou refratário que tenham recebido pelo menos 4 terapêuticas anteriores, incluindo um anticorpo monoclonal anti-CD38, um inibidor de proteossoma e um agente imunomodulatório. Esta indicação é aprovada sob aprovação acelerada baseada na taxa de resposta. A aprovação contínua desta indicação pode depender de verificação e descrição de beneficios clínicos de um ensaio confirmatório.
A informação prescritiva completa, incluindo o AVISO APRESENTADO NA CAIXA e Guia de Medicação, está disponível aqui.
GSK em Oncologia
A GSK está focada em maximizar a sobrevivência das pessoas que vivem com cancro, através do desenvolvimento de medicamentos transformadores. O pipeline da GSK foca-se nas vertentes de imuno-oncologia, terapia celular, letalidade sintética e epigenética do cancro. O nosso objetivo é alcançar um ritmo sustentável de novos tratamentos, baseados num portfólio diversificado de medicamentos sob investigação, com recurso a pequenas moléculas, anticorpos, anticorpos conjugados e terapia celular, quer isoladamente ou em combinação.
Sobre a GSK
A GSK é uma multinacional farmacêutica, impulsionada pela ciência e inovação, com um propósito especial: ajudar as pessoas a fazerem mais, sentirem-se melhor e viverem mais tempo. Com uma história que começou há 300 anos atrás, a GSK emprega mais de 100 pessoas em Portugal na área farmacêutica. A sua ambição é ser uma das empresas farmacêuticas mais inovadoras, com melhor performance e de maior confiança do mundo. Para saber mais: www.gsk.pt
O mieloma mútiplo é o segundo cancro hematológico mais comum nos EUA e, geralmente, é considerado tratável, apesar de não curável.(i) Nos EUA, estima-se que mais de 32,000 pessoas sejam diagnosticadas com mieloma múltiplo por ano e, aproximadamente, 13,000 pessoas irão morrer desta doença.(ii) A pesquisa de novas terapêuticas é necessária, uma vez que o mieloma múltiplo torna-se, de uma forma mais comum, refratário aos tratamentos disponíveis.(iii)
Sobre o antigénio de maturação da célula-B (BCMA)
A função normal do BCMA é promover a sobrevivência das células plasmáticas através da transdução de sinais de dois ligandos conhecidos, BAFF (fator de ativação de células B) e ABRIL (um ligando indutor de proliferação). Este caminho tem sido demonstrado como importante para o crescimento e sobrevivência das células mieloma. A expressão BCMA é limitada às células B em fases posteriores de desenvolvimento. O BCMA é expresso em diferentes níveis em doentes com mieloma e a expressão da membrana BCMA é detetada universalmente nas linhas celulares do mieloma.(i)
Sobre o BELANTAMAB MAFODOTINA
BELANTAMAB MAFODOTINA é um anticorpo monoclonal antigénio de maturação de células anti-B humanizado (BCMA) conjugado ao agente citotóxico auristatina F via ligando não clivável. A tecnologia de ligação de fármacos é licenciada pela Seagen; O anticorpo monoclonal é produzido com recurso à tecnologia POTELLIGENT licenciada pela BioWa.
AVISOS E PRECAUÇÕES
Toxicidade ocular: As reações adversas oculares ocorreram em 77% dos 218 doentes da população de segurança conjunta. As reações adversas oculares incluíram a queratopatia (76%), alterações na acuidade visual (55%), visão turva (27%) e olho seco (19%). Entre os doentes com queratopatia (n = 165), 49% apresentavam sintomas oculares, 65% apresentavam alterações de acuidade visual clinicamente relevantes (declínio de 2 ou mais linhas na Acuidade Visual de Snellen em qualquer olho), e 34% tinham sintomas oculares e alterações de acuidade visual.
Queratopatia: A queratopatia foi reportada como Grau 1 em 7% dos doentes, Grau 2 em 22%, Grau 3 em 45%, e Grau 4 em 0,5% pela escala de KVA. Foram reportados casos de úlcera córneal (queratite ulcerosa e infecciosa). A maioria dos eventos de queratopatia desenvolvidos nos primeiros 2 ciclos de tratamento (incidência cumulativa de 65% no Ciclo 2). Dos doentes com queratopatia de Grau 2 a 4 (n = 149), 39% recuperaram para o Grau 1 ou inferior após o seguimento médio de 6,2 meses. Dos 61% que tinham uma queratopatia contínua, 28% ainda estavam em tratamento, 9% estavam em acompanhamento, e em 24% o seguimento terminou devido à morte, à retirada do estudo ou à perda para acompanhamento. Para os doentes em que os acontecimentos foram resolvidos, o tempo médio de resolução foi de 2 meses (intervalo: 11 dias a 8,3 meses).
Alterações da Acuidade Visual: Uma diminuição clinicamente significativa da acuidade visual menor do que 20/40 no olho com melhor visão foi observada em 19% dos 218 doentes e de 20/200 ou pior no olho com melhor visão em 1,4%. Dos doentes com diminuição da acuidade visual menor do que 20/40, 88% resolveram e o tempo médio de resolução foi de 22 dias (intervalo: 7 dias a 4,2 meses). Dos doentes com diminuição da acuidade visual de 20/200 ou pior, todos resolvidos e a duração média foi de 22 dias (intervalo: 15 a 22 dias).
Monitorização e Instrução do Paciente: Realizar exames oftalmológicos (acuidade visual e biomicroscópio ocular) de baseline, antes de cada dose, e prontamente em caso de agravamento dos sintomas. Efetuar exames baseline no prazo de 3 semanas antes da primeira dose. Efetuar cada exame de seguimento pelo menos 1 semana após a dose anterior e no prazo de 2 semanas anteriores à dose seguinte. Suspender o BELANTAMAB MAFODOTINA até melhoria e retomar a mesma dose ou uma dose reduzida, ou considerar a descontinuação permanente dependendo da gravidade. Aconselhar os doentes a utilizarem gotas oftálmicas lubrificantes sem conservantes pelo menos 4 vezes por dia, começando com a primeira infusão e continuando até ao final do tratamento. Evitar a utilização de lentes de contacto, a menos que seja indicado por um oftalmologista. As mudanças na acuidade visual podem estar associadas à dificuldade de condução e leitura. Aconselhar os doentes a ter cuidado ao conduzir ou operar máquinas. Mais informações estão disponíveis em www.BLENREPREMS.com e 1-855-209-9188.
Trombocitopenia: Trombocitopenia ocorreu em 69% dos 218 doentes da população de segurança conjunta, incluindo Grau 2 em 13%, Grau 3 em 10%, e Grau 4 em 17%. O tempo médio para o início do primeiro evento de trombocitopenia foi de 26,5 dias. A trombocitopenia resultou em reduções de dose, interrupções de dose ou descontinuação da mesma em 9%, 2,8% e 0,5% dos doentes, respetivamente. Eventos de hemorragia de Grau 3 a 4 ocorreram em 6% dos doentes, incluindo um evento de Grau 4 em 1 paciente. Reações adversas fatais incluíram hemorragia cerebral em 2 doentes. Executar as contagens completas de células sanguineas na baseline e durante o tratamento, conforme indicado clinicamente. Considerar interromper e/ou reduzir a dose com base na gravidade.
Reações relacionadas com infusão: As reações relacionadas com infusão ocorreram em 18% dos 218 doentes da população de segurança conjunta, incluindo Grau 3 em 1.8%. Monitorizar os doentes para reações relacionadas com infusão. Para reações de Grau 2 ou 3, interromper a infusão e fornecer um tratamento de apoio. Assim que existir uma recuperação dos sintomas, retomar a uma taxa de infusão inferior. Administrar premedicação para todas as infusões subsequentes. Descontinuar o BELANTAMAB MAFODOTINA em caso de reações relacionadas com infusão que possam apresentar um risco de vida e providenciar cuidados de emergência adequados.
Toxicidade Fetal: Com base no seu mecanismo de ação, o BELANTAMAB MAFODOTINA pode causar danos fetais quando administrado a uma mulher grávida porque contém um composto genotoxíco (the microtubule inhibitor, monomethyl auristatin F [MMAF]) que tem como alvo células que se encontram activamente em divisão. Aconselhar mulheres grávidas acerca do risco potencial para o feto. Aconselhar mulheres com potencial reprodutivo para utilizar contraceção eficaz durante o tratamento com BELANTAMAB MAFODOTINA e durante 4 meses após a útlima dose. Aconselhar homens, com parceiras de potencial reprodutivo a utilizar contraceção eficaz durante o tratamento com BELANTAMAB MAFODOTINA e durante 6 meses após a última dose.
REAÇÕES ADVERSAS
A população de segurança conjunta descrita nas Advertências e Precauções reflete a exposição ao BELANTAMAB MAFODOTINA numa dose de 2,5 mg/kg ou 3,4mg/kg (1,4 vezes a dose recomendada) administrada intravenosamente a cada 3 semanas em 218 doentes no ensaio DREAMM-2. Destes doentes, 194 receberam uma formulação líquida (não a forma de dosagem aprovada) em vez do pó liofilizado. Dos 218 doentes, 24% foram expostos durante 6 ou mais meses. A segurança do BELANTAMAB MAFODOTINA como agente único foi avaliada no DREAMM-2. Os doentes receberam BELANTAMAB MAFODOTINA na dose recomendada de 2,5mg/kg administrado intravenosamente a cada 3 semanas (n = 95). Entre estes doentes, 22% sofreram exposição durante 6 meses ou mais. Dos doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA, 40% registou reações adversas graves. As reações adversas graves em >3% dos doentes incluíam pneumonia (7%), piréxia (6%), deficiência renal (4,3%), septicémia (4,2%), hipercalcemia (4,2%) e reações relacionadas com infusão (3,2%). Ainda assim, em 3,2% dos doentes foram registadas reações adversas fatais, incluindo septicémia (1%), paragem cardíaca (1%) e infeção pulmonar (1%). A descontinuação permanente devido a uma reação adversa ocorreu em 8% dos doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA;queratopatia (2,1%) foi a reação adversa mais frequente que resultou numa descontinuação permanente. Dos doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA, 54% registou interrupções de dosagem devido a uma reação aversa. As reações adversas que exigiram uma interrupção da dosagem em >3% dos doentes incluíam a queratopatia (47%), a visão turva (5%), secura da mucosa ocular (3,2%) e pneumonia (3,2%). Em 29% dos doentes, foram ainda registadas reduções de dose devido a uma reação adversa. As reações adversas que exigiram uma redução de dose em >3% dos doentes incluíam a queratopatia (23%) e trombocitopenia (5%). As reações adversas mais comuns (≥20%) foram queratopatia (71%), diminuição da acuidade visual (53%), náusea (24%), visão turva (22%), piréxia (22%), reações relacionadas com infusão (21%) e cansaço ou fadiga (20%). As anomalias laboratoriais mais comuns de Grau 3 e 4 (≥5%) foram a diminuição de linfócitos (22%), plaquetas (21%), hemoglobina (18%), neutrófilos (9%) e o aumento de creatinina (5%), e da gamma-glutamil transferase (5%).
UTILIZAÇÃO EM POPULAÇÕES ESPECÍFICAS
Lactação: Não existem dados sobre a presença de belantamab mafodotina-blmf no leite humano ou efeitos na produção de leite materno ou em crianças lactentes. Tendo em conta o potencial para a existência de reações adversas em crianças lactentes, aconselha-se as mulheres a não amamentar durante tratamentos com BELANTAMAB MAFODOTINA e durante 3 meses após a última dosagem.
Mulheres e Homens com Potencial Reprodutivo: BELANTAMAB MAFODOTINA pode causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Não existem dados disponíveis sobre a utilização do BELANTAMAB MAFODOTINA em mulheres grávidas para avaliar o risco associado ao medicamento. Não foram realizados estudos de reprodução animal com BELANTAMAB MAFODOTINA.
Testes de gravidez: Os testes de gravidez são recomendados a mulheres com potencial reprodutivo antes de iniciar BELANTAMAB MAFODOTINA.
Infertilidade: Tendo como base resultados de estudos com animais, o BELANTAMAB MAFODOTINA pode prejudicar a fertilidade em mulheres e homens. Os efeitos não foram reversíveis em roedores machos mas foram reversíveis em roedores fêmeas.
Utilização Geriática: Dos 218 doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA no DREAMM-2, 43% tinham entre 65 e menos do que 75 anos e 17% tinham 75 ou mais anos. A queratopatia ocorreu em 80% dos doentes com menos de 65 anos e em 73% dos doentes com 65 anos ou mais. Entre os doentes que receberam BELANTAMAB MAFODOTINA na dose de 2,5 mg/ em DREAMM-2 (n=95), a queratopatia ocorreu em 67% dos doentes com menos de 65 anos e 73% dos doentes com 65 ou mais.
Imparidade Renal: Não é recomendado qualquer ajuste em doses para doentes com insuficiência renal ligeira ou moderada (taxa de filtragem glomerular estimada [eGFR] 30 a 89 mL/min/1,73m2, estimada pela modificação da dieta na doença renal [MDRD]). A dose recomendada não foi estabelecida em doentes com insuficiência renal grave (eGFR 15 a 29 mL/min/1,73 m2) ou em insuficiência renal em fase final (ESRD) com eGFR <15 mL/min/1.73 m2 que não estejm em diálise ou que exijam diálise.
Insuficiência Hepática: Não é recomendado qualquer ajuste em dose para doentes com insuficiência hepática ligeira (total de bilirrubina ≤limite superior do normal [ULN] e aspartato aminotransferase (AST) >ULN ou total de bilirrubina 1 to ≤1.5 × ULN e qualquer AST). A dose recomendada de BELANTAMAB MAFODOTINA não foi estabelecida em doentes com insuficiência hepatica moderada ou grave (total de bilirrubina>1.5 × ULN e qualquer AST).
INDICAÇÃO
O BELANTAMAB MAFODOTINA é indicado para o tratamento de adultos com mieloma múltiplo recividante ou refratário que tenham recebido pelo menos 4 terapêuticas anteriores, incluindo um anticorpo monoclonal anti-CD38, um inibidor de proteossoma e um agente imunomodulatório. Esta indicação é aprovada sob aprovação acelerada baseada na taxa de resposta. A aprovação contínua desta indicação pode depender de verificação e descrição de beneficios clínicos de um ensaio confirmatório.
A informação prescritiva completa, incluindo o AVISO APRESENTADO NA CAIXA e Guia de Medicação, está disponível aqui.
GSK em Oncologia
A GSK está focada em maximizar a sobrevivência das pessoas que vivem com cancro, através do desenvolvimento de medicamentos transformadores. O pipeline da GSK foca-se nas vertentes de imuno-oncologia, terapia celular, letalidade sintética e epigenética do cancro. O nosso objetivo é alcançar um ritmo sustentável de novos tratamentos, baseados num portfólio diversificado de medicamentos sob investigação, com recurso a pequenas moléculas, anticorpos, anticorpos conjugados e terapia celular, quer isoladamente ou em combinação.
Sobre a GSK
A GSK é uma multinacional farmacêutica, impulsionada pela ciência e inovação, com um propósito especial: ajudar as pessoas a fazerem mais, sentirem-se melhor e viverem mais tempo. Com uma história que começou há 300 anos atrás, a GSK emprega mais de 100 pessoas em Portugal na área farmacêutica. A sua ambição é ser uma das empresas farmacêuticas mais inovadoras, com melhor performance e de maior confiança do mundo. Para saber mais: www.gsk.pt