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EMA aprova nova indicação para abemaciclib da Lilly

A Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency – EMA) aprovou abemaciclib como único tratamento da sua classe que reduz significativamente o risco de recorrência em doentes adultos com cancro da mama precoce com elevado risco de recorrência.
  • Primeira e única combinação com terapêutica endócrina adjuvante bem sucedida em quase duas décadas – abemaciclib é também o primeiro e único inibidor da CDK4/6 aprovado para doentes adultos com cancro da mama precoce HR+ HER2- , com gânglios positivos e elevado risco de recorrência.
  • O tratamento com abemaciclib diminuiu o risco de recorrência do cancro da mama em 32% – uma melhoria clinicamente significativa na sobrevivência livre de doença invasiva
  • Cerca de 20-30% dos doentes com cancro da mama precoce  HR+, HER2- desenvolvem doença metastática incurável. A aprovação de abemaciclib como terapêutica adjuvante pode constituir uma nova opção terapêutica para os doentes com cancro da mama com elevado risco de recorrência
Lisboa, 30 de maio de 2022 – A Eli Lilly and Company anunciou que a EMA aprovou abemaciclib em combinação com terapêutica endócrina (TE) adjuvante padrão para o tratamento do cancro da mama precoce com recetor hormonal (HR)-positivo, recetor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2)-negativo, com gânglios positivos e com elevado risco de recorrência.

“Esta aprovação estabelece abemaciclib como o primeiro e único inibidor da CDK4/6 a ser aprovado para o tratamento adjuvante de doentes adultos com cancro da mama precoce com recetor hormonal (HR)-positivo, recetor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2)-negativo, com gânglios positivos e com elevado risco de recorrência", afirmou António Leão, director-geral da Lilly Portugal. “Compreendemos que os doentes queiram fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir o risco de recorrência do cancro com a esperança de viverem plenamente e livres da doença, e temos orgulho em disponibilizar-lhes esse tratamento. Queremos agradecer aos médicos, enfermeiros, doentes, parceiros de cuidados de saúde e a todos os envolvidos no estudo clínico monarchE."

Esta  aprovação baseia-se nos resultados do estudo de Fase 3 monarchE, que atingiu o parâmetro de avaliação primário na segunda análise intermédia de eficácia, mostrando uma melhoria estatisticamente significativa da sobrevivência livre de doença invasiva (IDFS).(1) Numa análise de follow-up mais prolongado com mais de 90% dos doentes a completar os 2 anos de tratamento, abemaciclib administrado em combinação com TE diminuiu o risco de recorrência do cancro da mama em 32% em comparação com apenas TE adjuvante padrão em doentes com cancro precoce da mama HR+, HER2, com gânglios positivos e com elevado risco de recorrência. (HR: 0,68 [IC 95%: 0,57-0,81 ] . Este benefício foi consistente em todos os subgrupos previamente especificados e corresponde a uma diferença de 3% na IDFS entre braços (92,6% no braço de abemaciclib e 89,6% no braço de controlo) após dois anos(2). Os dados de segurança do monarchE foram consistentes com o perfil de segurança conhecido de abemaciclib, não tendo sido observados novos sinais de segurança. Os acontecimentos adversos mais frequentes (≥10%) foram diarreia, neutropenia, fadiga, leucopenia, dor abdominal, náuseas, anemia, artralgia, afrontamentos, linfopenia, trombocitopenia, vómitos, obstipação, infecção do trato respiratório superior, infecção do trato urinário, diminuição do apetite, cefaleias, tosse e edema linfático(1).

O monarchE é um estudo com 2 coortes, em que foram aleatorizados no total 5 637 doentes na proporção de 1:1 para tratamento durante 2 anos com abemaciclib 150 mg duas vezes por dia em combinação com terapêutica endócrina padrão ou apenas com terapêutica endócrina padrão, segundo a escolha do médico. A aleatorização foi estratificada por exposição prévia à quimioterapia, estado menopáusico e região. Os homens foram estratificados como pós-menopáusicos. Os doentes tinham completado terapêutica locoregional definitiva (com ou sem quimioterapia neoadjuvante ou adjuvante). Para serem elegíveis, os doentes deviam ter recuperado dos efeitos secundários agudos de qualquer quimioterapia ou radioterapia anteriores, sendo necessário um período de washout de 21 dias após quimioterapia, e 14 dias após radioterapia antes da aleatorização. O tratamento adjuvante com fulvestrant não era permitido como terapêutica endócrina padrão. Foram elegíveis doentes com Performance Status 0 ou 1 do Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG). Os doentes com história de TEV (acontecimentos tromboembólicos venosos) foram excluídos do estudo. Após o final do período de tratamento do estudo, os doentes de ambos os braços de tratamento continuaram a receber terapêutica endócrina adjuvante por um período cumulativo de, pelo menos, 5 anos e no máximo até 10 anos, caso fosse considerado apropriado em termos médicos. Foram administrados agonistas da hormona de libertação da hormona luteinizante (LHRH) quando clinicamente indicado a mulheres pré- e peri-menopáusicas, e a homens.

A aprovação de abemaciclib para o tratamento adjuvante do cancro da mama precoce HR+, HER2- vem reforçar o perfil estabelecido de abemaciclib, que já tinha sido anteriormente aprovado para o tratamento do cancro da mama avançado ou metastático HR+, HER2-. Dezenas de milhares de doentes em todo o mundo já foram tratadas com abemaciclib em contexto de doença metastática.   

Resultados do Estudo Clínico monarchE
O estudo de Fase 3 monarchE atingiu significância estatística definitiva na segunda análise intermédia e tanto a análise do parâmetro de avaliação primário como a análise do follow-up adicional confirmaram os resultados iniciais. Numa análise do follow-up de duração mais prolongada, 91% dos doentes da Coorte 1 tinham completado o período de tratamento de 2 anos do estudo,  e a mediana da duração do follow-up foi de 27,7 meses. O estudo positivo de Fase 3 monarchE demonstrou que abemaciclib, em combinação com TE, diminuiu o risco de recorrência do cancro da mama em 32% em comparação com apenas TE – uma melhoria clinicamente relevante na sobrevivência livre de doença invasiva em doentes com cancro da mama precoce HR+, HER2- com elevado risco de recorrência (HR: 0,68 [IC 95%: 0,57-0,81].(2) A associação de abemaciclib à TE também resultou numa melhoria da sobrevivência livre de recidiva à distância (DRFS). No grupo de doentes tratados com abemaciclib+TE houve menos casos de doença metastática em comparação com os doentes do grupo de ET em monoterapia padrão. A combinação de abemaciclib mais TE reduziu o risco de desenvolvimento de doença metastática em 33% (HR: 0,67 [IC 95%: 0,55-0,81], verificando-se as maiores reduções nas metástases no fígado e nos ossos. As taxas de sobrevivência livre de recidivas à distância durante 2 anos foram de 94,1% no braço de abemaciclib +TE e 91,2% no braço de controlo. Abemaciclib reduziu consistentemente o risco de recorrência à distância na população com intenção-de-tratar e em todos os subgrupos previamente especificados(2).

Os acontecimentos adversos foram consistentes com o perfil de segurança conhecido de abemaciclib, sem que tivessem sido observados novos sinais de segurança. No monarchE 18,6% dos doentes tiveram neutropenia de Grau 3/4 com abemaciclib mais TE em comparação com 0,7% dos doentes apenas com TE em monoterapia, e 17,2% dos doentes descontinuaram o tratamento  devido a acontecimentos adversos com abemaciclib mais TE em comparação com 0,8% apenas com TE em monoterapia. Entre as razões da descontinuação incluem-se diarreia (5,1%), fadiga (1,9%) e neutropenia (0,9%). Muitas das descontinuações causadas por acontecimentos adversos ocorreram nos primeiros meses de tratamento. A maioria dos doentes que necessitou de uma suspensão ou diminuição da dose depois de um acontecimento adverso conseguiu manter o tratamento em estudo(1). Verificou-se uma baixa incidência de diarreia de Grau 3/4, com 7,6% dos doentes a registarem diarreia de Grau 3 e 5,1% a descontinuarem o tratamento devido a este acontecimento adverso. A maioria dos casos de diarreia com abemaciclib foram precoces e transitórios, com uma mediana de oito dias do tempo até ao início (todos os graus) e uma mediana de 5-6 dias do tempo até à resolução (Graus 2-3). Na maioria dos casos, a diarreia pode ser pró-ativamente tratada com os protocolos estabelecidos. Embora alguns casos possam ser graves, a maioria dos casos resolveu-se com medicação antidiarreica (incluindo loperamida) e/ou ajuste da dose de abemaciclib.

Para mais informações sobre segurança, consultar o Resumo das Características do  Medicamento abemaciclib, INN-abemaciclib (europa.eu)

Sobre o estudo monarchE
O monarchE é um estudo de Fase 3 com duas coortes, em que foram aleatorizados 5.637 mulheres e homens com cancro da mama precoce HR+, HER2- com elevado risco de recorrência, de mais de 600 centros de 38 países. Na Coorte 1 o elevado risco de recorrência foi definido através de características clínicas e patológicas:  ≥ 4 pALN (gânglios linfáticos axilares positivos), ou 1-3 pALN e, pelo menos, um dos seguintes critérios: dimensão do tumor ≥ 5 cm ou grau histológico 3. Foram aleatorizados no total 5 637 doentes na proporção de 1:1 para tratamento durante 2 anos com abemaciclib 150 mg duas vezes por dia em combinação com terapêutica endócrina padrão ou apenas com terapêutica endócrina padrão, segundo a escolha do médico. Os doentes de ambos os braços de tratamento continuaram a receber terapêutica endócrina adjuvante por um período cumulativo de, pelo menos, 5 anos e no máximo até 10 anos, caso fosse considerado apropriado em termos médicos (2 anos do estudo seguidos por mais 3-8 anos de follow-up de longo prazo). Foram administrados agonistas da hormona de libertação da hormona luteinizante (LHRH), quando clinicamente indicado, a mulheres pré- e perimenopáusicas. O parâmetro de avaliação primário era a sobrevivência livre de doença invasiva (IDFS). Os parâmetros de avaliação secundária incluíam sobrevivência livre de recidiva à distância (DRFS), segurança, resultados reportados pelos doentes, sobrevivência global (não ainda maduros) e outros(1).

Sobre o Cancro da Mama Precoce
O cancro da mama é o cancro mais comum entre as mulheres em todo o mundo(3). Embora o prognóstico do cancro da mama precoce HR+, HER2- seja geralmente positivo, 20-30 % dos doentes podem recidivar para doença metastática incurável(4). O risco de recorrência é maior nos primeiros anos após o diagnóstico, principalmente em doentes com cancro da mama precoce, com gânglios positivos e com elevado risco de recorrência.(1)
 
Sobre abemaciclib
Abemaciclib é um potente e seletivo inibidor das cinases dependentes da ciclina 4 e 6 (CDK4 e CDK6), ativadas pela ligação às ciclinas D. Em linhas celulares de cancro da mama positivas ao receptor de estrogénio (ER+), as ciclinas D1 e CDK4 & 6 promovem a fosforilação da proteína do retinoblastoma (Rb), a progressão do ciclo celular e a proliferação celular. O abemaciclib evita a fosforilação da proteína do retinoblastoma (Rb), bloqueando a progressão do ciclo celular da G1 para a fase-S da divisão celular, levando à supressão do crescimento do tumor. Em linhas celulares de cancro da mama positivas ao recetor de estrogénio, a inibição alvo obtida com abemaciclib evitou o rebound da fosforilação do Rb resultando em senescência celular e apoptose. In vitro, linhas celulares de cancro Rb-negativo e Rb-reduzido são geralmente menos sensíveis ao abemaciclib. Nos modelos de xenoenxertos de cancro da mama, o abemaciclib administrado diariamente sem interrupção, em concentrações clinicamente relevantes em monoterapia ou em combinação com antiestrogénios, resultaram na redução do tamanho do tumor.

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Cancro da Mama Precoce
Abemaciclib em combinação com terapêutica endócrina é indicado para o tratamento adjuvante de doentes adultos com cancro da mama precoce com recetor hormonal (HR)-positivo, recetor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2)-negativo, com gânglios positivos e com elevado risco de recorrência.
Em mulheres pré- ou peri-menopáusicas, a terapêutica endócrina com um inibidor da aromatase deve ser combinada com um agonista da hormona de libertação da hormona luteinizante (LHRH).

Cancro da Mama Avançado ou Metastático
abemaciclib é indicado para o tratamento de mulheres com cancro da mama localmente avançado ou metastático com recetor hormonal (HR)-positivo e recetor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2)-negativo em combinação com um inibidor da aromatase ou fulvestrant como terapêutica endócrina inicial, ou em mulheres que receberam anteriormente uma terapêutica endócrina.

No caso de mulheres pré- ou peri-menopáusicas, a terapêutica endócrina deve ser combinada com um agonista da LHRH.

INFORMAÇÃO IMPORTANTE DE SEGURANÇA DE ABEMACICLIB

Resumo do perfil de segurança
As reações adversas que ocorrem mais frequentemente são diarreia, infeções, neutropenia, leucopenia, anemia, fadiga, náuseas, vómitos, alopecia e diminuição do apetite.

Das reações adversas mais frequentes, as de Grau ≥ 3 foram menos de 5% com exceção da neutropenia, leucopenia e diarreia.

Para mais informações sobre segurança, consultar o Resumo das Características do  Medicamento abemaciclib, INN-abemaciclib (europa.eu)

Sobre a Lilly Oncology
Há mais de 50 anos que a Lilly se dedica a desenvolver medicamentos que possam mudar a vida dos doentes com cancro e a apoiar os seus cuidadores. A Lilly está empenhada em manter esta tradição e continuar a tornar a vida melhor para os doentes com cancro em todo o mundo. Para mais informações sobre o compromisso da Lilly para com os doentes com cancro, consultar www.LillyOncology.com.

Sobre a Eli Lilly & Company
A Lilly é uma empresa líder nos cuidados de saúde a nível mundial que associa os cuidados à inovação para criar medicamentos que melhorem a vida das pessoas em todo o mundo. A empresa foi fundada há mais de um século por um homem empenhado em criar medicamentos de alta qualidade, que fossem ao encontro das necessidades reais e, hoje em dia, continuamos fiéis a essa missão com o trabalho que desenvolvemos. Em todo o mundo, os colaboradores da Lilly trabalham para descobrir e proporcionar medicamentos capazes de mudar a vida de quantos deles necessitam, para melhorar o conhecimento e o tratamento das doenças e para contribuir para a comunidade através de ações de filantropia e voluntariado. Para saber mais sobre a Lilly, visite lilly.pt

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Abemaciclib é uma marca registada ou licenciada da Eli Lilly & Company, das suas subsidiárias ou filiais.

Este comunicado contém afirmações prospectivas (segundo a definição do Private Securities Litigation Reform Act of 1995) sobre abemaciclib para tratamento de doentes com cancro da mama, e reflete os conhecimentos actuais da Lilly. No entanto, como acontece com qualquer medicamento, existem riscos e incertezas substanciais no processo de desenvolvimento e comercialização de um fármaco. Entre outras coisas, não se pode garantir que os resultados de estudos futuros sejam consistentes com os resultados obtidos até à data, nem que abemaciclib receba aprovação adicional pelas entidades reguladoras ou tenha sucesso comercial. Para uma discussão mais aprofundada sobre estes e outros riscos e incertezas, consultar as versões mais actuais do Form 10-K e Form 10-Q apresentados pela Lilly à United States Securities and Exchange Commission. Exceto na medida que a lei a isso obrigue, a Lilly não assume qualquer dever de atualizar informações prospectivas que reflitam  acontecimentos posteriores à data deste comunicado.

(1) O’Shaughnessy JA, Johnston S, Harbeck N, et al. Primary outcome analysis of invasive disease-free survival for monarchE: Abemaciclib combined with adjuvant endocrine therapy for high risk early breast cancer. Oral presentation at: San Antonio Breast Cancer Symposium; December, 2020: San Antonio, TX.
(2) N Harbeck, P Rastogi, M Martin, et al. Adjuvant Abemaciclib Combined With Endocrine Therapy for High-Risk Early Breast Cancer: Updated Efficacy and Ki-67 Analysis From the monarchE Study. Annals of oncology : official journal of the European Society for Medical Oncology. Volume 32, Issue 12, 1571-1581, 2021
(3) World Health Organization. Breast cancer: prevention and control. https://www.who.int/cancer/detection/breastcancer/en/index1.html. Accessed: September 8, 2020.
(4) Early Breast Cancer Trialists' Collaborative Group (EBCTCG). Effects of chemotherapy and hormonal therapy for early breast cancer on recurrence and 15-year survival: an overview of the randomised trials. Lancet. 2005;365(9472):1687-1717. doi:10.1016/S0140-6736(05)66544-0.
(5) Cheng L, Swartz MD, Zhao H, et al. Hazard of recurrence among women after primary breast cancer treatment--a 10-year follow-up using data from SEER-Medicare. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2012;21:800-809.

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