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EditorialJaneiro-Fevereiro 2019 | Volume 48 — Número 1
25 Anos ao serviço da formação médica contínua portuguesa
Manuel Magalhães Em dezembro passado a Postgraduate Medicine completou 25 anos de existência e neste momento de celebração temos, antes de mais, de agradecer aos nossos leitores, aos milhares de assinantes – muitos deles mantendo uma irredutível fidelidade desde há mais de duas décadas – aos nossos colaboradores, começando desde logo pelos responsáveis da direção científica e da tradução, mas extensivo a todos os que nas várias funções mantiveram sempre um elevado profissionalismo. Obviamente também não nos podemos esquecer daqueles que nos permitiram manter este elevado nível de qualidade ao longo deste quarto de século: os nossos clientes da Indústria Farmacêutica (IF). Sem eles nada disto seria possível e, por isso, também para eles, mormente para aqueles que acreditaram neste projeto na fase inicial e para aqueles que mantiveram sempre uma regular participação, o nosso maior agradecimento. Cremos que todos concordarão que a longevidade de um meio de comunicação é sinónimo de sucesso, evidenciando que foi um projeto adequado ao mercado português e que ao longo da sua existência tem correspondido aos fins para que foi criado. Na verdade, temos um grande orgulho em afirmar que cumprimos integralmente a promessa mencionada no 1.º editorial da revista em janeiro de 1994 em que foi enunciado o seguinte: “Em cada edição serão apresentados originais de médicos consagrados, envolvendo situações de diagnóstico, clínica e terapêutica, desenvolvidos numa perspetiva de prática quotidiana, empregando uma linguagem clara e concisa, mas sempre tendo em conta os últimos avanços da medicina… Procuraremos igualmente publicar artigos originais de médicos portugueses que se ajustem aos princípios atrás enunciados”. Estamos certos que o fundamental para que esta longa caminhada tenha sido um comprovado sucesso foi nunca nos termos desviado da linha editorial que delineamos para a sua criação, não cedendo às fáceis tentações de, para aumentar as vendas de publicidade, entrarmos por um caminho que colocasse em risco a independência e o rigor, preferindo sempre manter uma grande qualidade e interesse nos artigos publicados. Defrontamos grandes desafios, de luta intensa e permanente para que nunca falhássemos na pontualidade, na extrema qualidade da tradução (que no passado se sabia ser um dos grandes defeitos apontados às edições traduzidas) e muito especialmente numa cuidadosa escolha dos artigos para que mantivessem sempre, e em simultâneo, grande interesse para a prática clínica e a máxima atualidade. Se este desafio foi difícil nos primeiros 20 anos, ele aumentou terrivelmente nos últimos tempos, em que foi tremendo o desinvestimento em publicidade por parte dos nossos clientes da IF, o que nos obrigou a imprimir ainda maior dinâmica e crença no projeto para não sucumbir também ao terramoto que tem vindo a arrasar a imprensa médica. Tivemos que fazer as indispensáveis adaptações, reduzindo a quantidade de páginas e da tiragem, assim como o número de edições, mas nunca abdicamos daquilo que para nós era crucial: manter a atratividade das nossas edições através de uma cuidadosa seleção dos artigos a publicar e encontrar novas formas de comunicar com os nossos leitores consentâneas com a atualidade. Nesta área foi determinante termos criado uma edição digital de elevada sofisticação tecnológica de que muito nos orgulhamos. Como resultado de todo este empenho foram muitas as vitórias alcançadas, mas indiscutivelmente as maiores foram o contínuo reconhecimento por parte dos nossos leitores sempre que foram chamados a eleger a melhor publicação médica dirigida à MGF ao longo dos últimos 20 anos. Outra, de igual valor, foi o facto de desde 1994, ou seja, desde o início da Postgraduate Medicine, e até hoje, termos estabelecido uma estreita parceria com as organizações nacionais da saúde encarregadas da Formação Médica Contínua - inicialmente o “Instituto de Clínica Geral”, numa fase posterior a “Agência de Qualidade em Saúde” e, mais recentemente, a “NOVA Medical School /Universidade Nova de Lisboa” – no apoio à formação médica, creditando os testes de autoavaliação baseados nos artigos publicados em cada edição da Postgraduate Medicine através do único “Programa de Formação Médica Continua” existente em Portugal. Ainda na área da formação médica contínua, não podemos deixar de realçar o contributo que a Postgraduate Medicine deu durante duas dezenas de anos para que muitos dos seus leitores (chegaram a ser 4 anuais) participassem no famoso curso de formação médica norte-americano na área da Medicina Geral e Familiar – o “Primary Care Update” e nos Congressos Europeus e mundiais da WONCA. Por tudo isto a Postgraduate Medicine tem feito jus ao seu nome exercendo um papel ativo na formação médica de pós-graduação, quer através dos artigos publicados visando uma permanente atualização de conhecimentos, quer no desenvolvimento de ações em sintonia e colaboração com as entidades oficiais portuguesas. |