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Editorial

Dezembro 2014 | Volume 42 — Número 5

Eliminar lacunas na prevenção e tratamento do VIH

Edmundo Bragança de Sá

No 1º dia deste mês de Dezembro a Organização Mundial de Saúde (OMS) assinalou mais um Dia Mundial da SIDA sob o lema “Eliminar lacunas na prevenção e tratamento do VIH”.
A infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) continua a ser um importante problema mundial de saúde pública, não só pelo número crescente de pessoas infetadas (cerca de 2 milhões de novos casos por ano), como pelo facto de atingir populações em idade ativa e apresentar uma elevada mortalidade (1,5 milhões de pessoas por ano). Estes dados são uma consequência das enormes lacunas que ainda existem tanto na prevenção como no tratamento da infeção VIH.
Por isso, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/SIDA (ONUSIDA), criado em 1996, estabeleceu a meta 90-90-90 para 2020, isto é, conseguir que até 2020 90% das pessoas infetadas sejam diagnosticadas, 90% das pessoas com o diagnóstico de infeção por VIH estejam em tratamento e 90% das pessoas em tratamento estejam controladas com carga viral suprimida. Para além destas metas para 2020 a ONUSIDA tem como Visão eliminar a SIDA em 2030.
As evidências que apoiam o estabelecimento destas metas e as estratégias para as alcançar são muitas, conforme podemos constatar no simpósio deste mês de Dezembro. De facto, para além de 20 a 25% das pessoas infetadas pelo VIH desconhecerem o seu estado de portador assintomático, muitas pessoas desconhecem os fatores de risco para infeção VIH dos seus parceiros sexuais. Por isso, a ONUSIDA e a OMS defendem que a abrangência no rastreio da infeção VIH vá para além dos tradicionais grupos de risco. Tendo em conta estas recomendações, a Norma nº 058/2011 da Direção Geral de Saúde, atualizada no dia 10 deste mês de Dezembro, estabelece que o rastreio e aconselhamento deverá ser oferecido a todas as pessoas entre os 18 e os 64 anos através de testes serológicos de 4ª geração prescritos pelos médicos de família ou ainda pela realização de testes rápidos nos Centros de Saúde. Um maior acesso das pessoas aos testes do VIH permitirá que:
– Mais pessoas conheçam o seu estado serológico em relação ao VIH
– As pessoas infetadas pelo VIH possam iniciar mais cedo o tratamento, com benefícios comprovados na mortalidade e no atraso da evolução para SIDA.
– As pessoas infetadas pelo VIH possam tomar as medidas indispensáveis para impedir a transmissão da infeção a outras pessoas e, desta forma, diminuírem a transmissão da infeção na comunidade.
– Diminua o número de recém-nascidos infetados pelo VIH
Para além do diagnóstico precoce da infeção VIH, as estratégias de eliminação das lacunas na prevenção e tratamento da infeção VIH passam ainda por:
– Distribuição e aconselhamento sobre o uso de preservativos
– Promoção da circuncisão masculina (eficaz na redução do risco de infeção em heterossexuais em cerca de 60%)
– Utilização da terapêutica antirretroviral combinada o mais precocemente possível, não só para atrasar a evolução para SIDA e reduzir a mortalidade a ela associada, mas também para reduzir o risco de transmissão aos parceiros sexuais não infetados em cerca de 96%.
– Utilização da Profilaxia pré-Exposição do VIH (PprE) para os parceiros sexuais VIH negativos
– Utilização da terapêutica antirretroviral para reduzir a transmissão do VIH da mãe para o filho durante a gravidez, parto e amamentação.
Como dizia o Diretor do Programa Nacional para infeção VIH/SIDA na sua missiva para o 1º de Dezembro deste ano, “hoje devemos falar de 2015 e da forma como iremos no futuro alcançar as metas traçadas para 2020 e 2030”.
Feliz 2015.
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